Asteroide passa mais perto da Terra do que satélites e é detectado horas depois
Um pequeno asteroide fez uma aproximação surpreendente da Terra na semana passada, passando a uma altitude menor do que a da maioria dos satélites em órbita — e os astrônomos só detectaram a rocha espacial horas após o encontro.
O objeto, agora denominado 2025 TF, voou sobre a Antártida a apenas 428 quilômetros da superfície terrestre às 20h47 EDT de terça-feira, 30 de setembro (ou 00h47 GMT de 1º de outubro), de acordo com dados divulgados pela Agência Espacial Europeia (ESA).
O asteroide, que tinha entre 1 e 3 metros de largura (comparável ao tamanho de uma girafa), foi avistado algumas horas depois por meio do Catalina Sky Survey, uma missão financiada pela NASA.
A ESA esclareceu que, devido ao seu tamanho, o 2025 TF não representava uma ameaça séria, e provavelmente teria se desintegrado como uma bola de fogo brilhante ao entrar na atmosfera. No entanto, sua passagem em uma altitude semelhante à órbita da Estação Espacial Internacional (ISS) levantou preocupações com o risco para naves espaciais, embora felizmente nenhuma estivesse em seu caminho.

Por que ele passou despercebido?
Atrasos na detecção de asteroides como o 2025 TF são comuns, pois agências como a NASA e a ESA se concentram em monitorar objetos “potencialmente perigosos”, que devem ter pelo menos 140 metros de diâmetro e passar mais perto de 7,48 milhões de quilômetros da Terra. O 2025 TF está muito abaixo desse limite de tamanho.
Astrônomos do Escritório de Defesa Planetária da ESA rastrearam o asteroide logo após sua descoberta. A NASA, apesar de estar com as comunicações públicas suspensas devido à paralisação do governo dos EUA, atualizou as informações sobre o objeto em seu Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra.
De acordo com a NASA, a pequena rocha espacial não deve se aproximar novamente do nosso planeta antes de abril de 2087.
Show de Meteoros à vista
Apesar do susto, observadores do céu têm um espetáculo celestial mais seguro à frente: a chuva de meteoros Dracónidas, que atinge seu pico nesta quarta-feira (8 de outubro). As Dracónidas não representam risco, pois são detritos gelados deixados pelo cometa 21P/Giacobini-Zinner e podem proporcionar a visão de alguns meteoros brilhantes em forma de bola de fogo, mesmo que a Lua Cheia da Colheita diminua um pouco a intensidade do show.
