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Após condenação, pressão por anistia a Bolsonaro aumenta com apoio de Tarcísio e do Centrão

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A pressão para votar o projeto de lei de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se intensifica no Congresso Nacional. Nesta semana, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), retorna a Brasília para reforçar as articulações em favor da proposta, que se tornou pauta prioritária após a condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado pela Primeira Turma do STF, em um julgamento sobre a trama golpista. O ex-presidente foi considerado culpado por crimes como organização criminosa, golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Outros sete réus também foram condenados no mesmo processo.

Tarcísio e Centrão se unem em defesa da pauta

A condenação de Bolsonaro transformou a anistia em um teste político para Tarcísio de Freitas, visto como um dos possíveis sucessores do ex-presidente. Após a sentença, o governador defendeu que Bolsonaro e os demais réus são “vítimas de uma sentença injusta e com penas desproporcionais”.

Segundo o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), partidos do Centrão como União Brasil e Progressistas já manifestaram apoio à anistia. “A anistia deve ser pautada essa semana. Eu espero que sim”, afirmou Lopes, indicando que a decisão do ministro Luiz Fux teria motivado a adesão de novos partidos à causa.

Oposição insiste em anistia “ampla e irrestrita”

Apesar de haver diferentes propostas de anistia, a oposição insiste em uma versão “ampla, geral e irrestrita”, que contemple não apenas Bolsonaro, mas todos os envolvidos. O deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) reforçou que a bancada combaterá a versão mais restrita que circula no Senado. “Vamos insistir na anistia geral e irrestrita”, disse.

Líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) tem pressionado para que o projeto volte a tramitar com urgência. A expectativa é que o tema seja discutido na reunião de líderes marcada para amanhã, sob a condução do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

No entanto, a tramitação do projeto enfrenta resistências. A anistia para “executores e planejadores do golpe” encontra oposição no STF e em setores do Executivo. O presidente da Câmara, Hugo Motta, tem mantido cautela, o que causa apreensão na oposição. O projeto está parado desde outubro do ano passado, com a relatoria nas mãos do deputado Rodrigo Valadares (União-SE).

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