Apagão em país do Báltico pode ser o estopim da Terceira Guerra Mundial”, alerta ex general da OTAN
O general Sir Richard Shirreff, ex-vice-comandante supremo aliado da OTAN na Europa, alertou que uma Terceira Guerra Mundial catastrófica poderia ser desencadeada por um grande apagão na Lituânia. Em um cenário detalhado, ele descreveu uma sequência de eventos que, em poucas horas, poderiam mudar drasticamente o equilíbrio de poder global.
O início do caos nos países Bálticos
Segundo a análise de Shirreff, o conflito começaria com um ataque de sabotagem. Um apagão generalizado em Vilnius, capital da Lituânia, mergulharia a cidade no caos, interrompendo serviços essenciais e gerando saques e tumultos. Simultaneamente, interrupções de energia seriam relatadas na Letônia e na Estônia.
Em poucas horas, o presidente lituano declararia lei marcial. No dia seguinte, Vladimir Putin anunciaria que as tropas russas em Kaliningrado seriam colocadas em alerta máximo e transferidas para a fronteira lituana, alegando falsamente que a minoria russa em Vilnius estava sendo atacada por nacionalistas. Ele então alegaria que suas forças estavam sob fogo de “rebeldes lituanos”, justificando uma intervenção e a tomada do Corredor de Suwalki, uma faixa de terra de menos de 96 quilômetros que conecta os países bálticos ao restante da OTAN.
Após a tomada do corredor, aviões de guerra russos sobrevoariam a fronteira, um sinal claro do domínio aéreo russo na região.
A inação da OTAN e a ascensão da China
Diante da invasão, a OTAN se veria em uma posição difícil. Shirreff imaginou uma conversa entre o chefe da OTAN e o secretário de defesa dos EUA sob a presidência de Donald Trump, onde este último questionaria a viabilidade de invocar o Artigo 5 (a cláusula de defesa coletiva), cético de que “alguns aviões voando baixo” justificassem uma guerra com a Rússia.
A Polônia, embora alertasse a Rússia, não lançaria uma retaliação direta. O exército lituano seria atacado e as tropas russas avançariam sobre Vilnius. Como a Rússia já controlaria o Corredor de Suwalki, a OTAN não conseguiria enviar apoio logístico crucial para os países bálticos, deixando-os isolados e à mercê do exército russo.
Com a Europa e a OTAN paralisadas, Shirreff prevê que a China aproveitaria a oportunidade para lançar um ataque maciço a Taiwan. Baterias de mísseis chinesas bombardeariam a ilha, destruindo sua força aérea, portos e centros de comando. Embora o presidente dos EUA ameaçasse impor sanções, ele não conseguiria fornecer a ajuda militar necessária a Taiwan.
O novo equilíbrio de poder global
A conclusão do cenário de Shirreff é sombria. Em apenas cinco dias, o equilíbrio de poder global seria “radicalmente alterado”. A China teria conquistado Taiwan, e a Rússia teria assegurado a Ucrânia e iniciado a reconquista dos países bálticos. A OTAN se desintegraria, a Europa buscaria uma nova aliança, e a Grã-Bretanha se encontraria isolada, tão vulnerável quanto Taiwan.
Sinais de alerta
A análise do Coronel Philip Ingram, que reforça a preocupação com os sinais de uma possível invasão russa do Corredor de Suwalki. Ele aponta para o aumento da presença militar russa em Kaliningrado e Bielorrússia, exercícios militares repentinos e táticas de “guerra híbrida”, como interferência de GPS e sabotagem de cabos submarinos. Qualquer aumento militar significativo na fronteira, semelhante ao que precedeu a invasão da Ucrânia em 2022, deve ser visto como um sério sinal de alerta.


