Ao lado de Xi Jinping, Lula revela apoio “decisivo” que busca na China
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva destacou o papel crucial da China no desenvolvimento de infraestrutura na América Latina e no Caribe na terça-feira, durante seu discurso no Quarto Fórum da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Pequim.
Lula afirmou que “o apoio chinês é crucial para o avanço de rodovias, ferrovias, portos e linhas de transmissão ” e ressaltou que a viabilidade econômica desses projetos exige maior coordenação regional.
Lula enfatizou que “a China é atualmente o segundo maior parceiro comercial da CELAC e um dos mais importantes investidores diretos da região”. Nesse sentido, ele enfatizou que as instituições financeiras do gigante asiático superam “os empréstimos oferecidos pelo Banco Mundial ou pelo BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento]”.
“A aliança com a China é uma força motriz para a economia regional “, enfatizou.
“Reduzir assimetrias”
Segundo o líder brasileiro, a relação entre a CELAC e a China deve fortalecer as indústrias dos países da América do Sul e do Caribe, inclusive na área de inteligência artificial.
Para construir um futuro compartilhado , é necessário reduzir as assimetrias entre os países. É essencial que a colaboração entre a CELAC e a China contribua para o fortalecimento da indústria e da inovação na região. A revolução digital não pode criar uma nova lacuna tecnológica entre as nações. O desenvolvimento da inteligência artificial não deve ser privilégio de poucos”, acrescentou.
Em relação às mudanças climáticas, Lula defendeu um modelo de desenvolvimento que combina crescimento econômico com sustentabilidade ambiental e acredita que a próxima COP30, marcada para novembro em Belém, pode marcar um ponto de virada.
Desde 2009, a China se consolidou como principal parceiro comercial do Brasil. Somente em 2023, o comércio entre os dois países atingiu o recorde de US$ 157,5 bilhões .
No mesmo período, as exportações brasileiras totalizaram US$ 104,3 bilhões, enquanto as importações chinesas totalizaram US$ 53,1 bilhões.
