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Anderson Torres alega que “minuta golpista” é produto de um erro, não de um plano

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Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres declarou que não se lembrava de ter recebido ou discutido a chamada “minuta golpista”, um rascunho de documento que previa a declaração de estado de defesa no país e a prisão de autoridades para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Torres afirmou que a apreensão do documento pela Polícia Federal em sua residência foi uma “surpresa”. Ele jocosamente se referiu ao texto como a “minuta do Google”, explicando que costumava levar para casa duas pastas, uma com a agenda do dia seguinte e outra com “documentos gerais” do Ministério.

“Eu realmente nem me lembrava dessa minuta. Me lembrei quando foi apreendido pela Polícia Federal. Foi uma surpresa”, disse Torres. Ele ainda acrescentou que, na época, era comum receber sugestões de documentos e ideias por WhatsApp e em papel na Esplanada dos Ministérios, e que o clima era de dificuldade para trabalhar.

O ex-ministro enfatizou que nunca discutiu o conteúdo da minuta com ninguém, e que o documento teria chegado ao seu gabinete no Ministério da Justiça organizado por sua assessoria, dentro de um envelope, e subsequentemente levado para sua casa. “Eu nunca discuti esse assunto, eu nunca trouxe isso à tona, isso foi uma fatalidade que aconteceu. Era pra ter sido destruída há muito tempo, eu nunca trabalhei isso”, declarou.

Torres desqualificou o texto, mencionando que era “muito mal escrito, cheio de erros de português, de concordâncias, até o nome do tribunal que estava escrito lá estava escrito errado”. Ele concluiu reforçando que o documento não era de sua autoria, que não sabia quem o fez ou mandou fazer, e que nunca tratou desse tipo de assunto.

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