Alemanha diz que Rússia pagará ‘um preço alto’ se atacar a Ucrânia
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha alertou a Rússia de que pagará um “alto preço” se atacar a Ucrânia e disse esperar que as tensões entre Moscou e Kiev possam ser resolvidas pela diplomacia.
A ministra Annalena Baerbock falou em Kiev nesta segunda-feira em uma viagem que a levará a Moscou depois que as conversas entre a Rússia e os países ocidentais sobre o envio de dezenas de milhares de soldados pelo Kremlin ao longo da fronteira com a Ucrânia terminaram sem avanços.
Os Estados Unidos disseram na semana passada temer que a Rússia esteja preparando um pretexto para invadir a Ucrânia, o que Moscou nega. Um ataque cibernético contra a Ucrânia aumentou o alarme.
“Cada ato agressivo adicional terá um alto preço para a Rússia, econômica, estrategicamente, politicamente”, disse Baerbock em entrevista coletiva conjunta com seu colega ucraniano Dmytro Kuleba. “A diplomacia é o único caminho.”
Apesar do desdobramento na fronteira, Moscou nega que planeje atacar a Ucrânia e exigiu que a Otan interrompa sua expansão para o leste.
O chanceler alemão Olaf Scholz, em visita a Madri, disse que tudo deve ser feito para evitar a intervenção militar na Ucrânia.
Enquanto falavam, forças militares e equipamentos russos estavam chegando à Bielorrússia depois que Minsk anunciou que os vizinhos realizariam manobras conjuntas no próximo mês, informou a agência de notícias estatal Belta .
Os exercícios “Allied Resolve” serão realizados perto da borda ocidental da Bielorrússia, das fronteiras dos membros da aliança militar da Otan, Polônia e Lituânia, e seu flanco sul com a Ucrânia, disse o líder bielorrusso Alexander Lukashenko.
Kuleba, da Ucrânia, disse que Kiev e Berlim estão unidas na tentativa de retomar as negociações de paz de quatro vias sobre o fim da guerra no leste da Ucrânia no chamado formato “Normandia”, que inclui Alemanha, França, Ucrânia e Rússia.
