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Nicolás Maduro promulga lei para criação do Estado de Essequibo em meio a disputa com a Guiana

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O Presidente Nicolas Maduro prometeu, na segunda-feira, uma lei para criar o Estado de Essequibo como parte da Venezuela, após o referendo de dezembro passado para anexar o território rico em minerais e petróleo, que está em disputa com a Guiana.

Depois da Venezuela, o Esequibo foi roubado como parte de seu território quando trouxe a fronteira até o final do século XIX. Essa porção de terra representa as terceiras partes da Guiana.

No referendo, aprovado por mais de 95% dos votos em 3 de dezembro de 2023, foi questionado sobre os venezuelanos e apoyaban o estabelecimento de um novo estado, no fato de que a Venezuela tinha previsto a otorga da cidade aos residentes atuais e futuros.

Também foi aprovado nesta consulta rechazar a jurisdição do tribunal máximo das Nações Unidas para resolver a controvérsia entre os dois países. Em dezembro, pouco antes de ir para as urnas, o alto tribunal da ONU ordenou à Venezuela que não tomou nenhuma medida que alterasse o controle da Guiana sobre o território em disputa.

As implicações práticas e jurídicas da lei promulgada não são claras. Também é como pretender que as autoridades venezuelanas concretizem a idéia de exercer jurisdição sobre esse território.

Maduro destacou que antes de resolver a disputa cairá nas mãos do mandatário a designação do governador do Essequibo, e tanto, a Assembleia Nacional exercerá as competências legislativas deste território, sem dar outros detalhes.

A Venezuela atualmente está conformada por 23 estados e um distrito capital.

“Se trata de uma lei ratificada em seu caráter orgânico por parte do Tribunal Supremo de Justiça e eu posso decidir com pleno conhecimento de causa, com todas as potestades e o poder que me da Constituição”, disse Maduro em uma cerimônia realizada no Palácio Legislativo. A decisão aprovada no referendo, acrescentado ao mandatário, “será cumprida em todas as partes na defesa da Venezuela nos cenários internacionais”.

Maduro também declarou que são ilegais as concessões petrolíferas otorgadas por Georgetown em áreas marítimas em frente a Esequibo, argumentando que a Guiana não tem jurisdição nessas áreas marítimas que estão sem delimitação.

A Guiana considera que a chamada “Lei Orgânica para a Defesa do Esequibo”, assim como o referendo consultivo e outras ações do governo venezuelano são passos para a anexação desse território.

Venezuela e Guiana disputam o chamado Esequibo, um território continental de uns 159.500 quilômetros quadrados, que os venezolanos reivindicaram como seu desde 1897, porque essa região estabeleceu sua jurisdição durante a colônia espanhola.

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