Alexandre de Moraes dá 24h para Filipe Martins explicar suposto uso de rede social sob risco de prisão

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um prazo de 24 horas para que a defesa de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, se manifeste sobre um possível descumprimento de medidas cautelares. A determinação, proferida nesta segunda-feira (29), surge após informações de que o réu teria utilizado a rede social LinkedIn para buscar perfis de terceiros. A conduta, caso confirmada, viola a proibição direta do uso de redes sociais imposta pelo magistrado como condição para a liberdade monitorada.

Na decisão, Moraes foi enfático ao sinalizar as consequências de uma eventual desobediência às regras judiciais. O ministro destacou que a ausência de justificativas convincentes ou a confirmação do uso da plataforma digital podem resultar na decretação imediata da prisão preventiva de Martins, conforme previsto no Código de Processo Penal.

Filipe Martins foi recentemente condenado pela Primeira Turma do STF a uma pena de 21 anos de reclusão por tentativa de golpe de Estado, embora a sentença ainda não seja definitiva por aguardar a publicação de acórdãos e análise de recursos.

Estratégia para conter risco de fuga

A imposição da prisão domiciliar contra Martins e outros nove condenados ocorreu na última semana como uma medida preventiva contra novas evasões do país. O ministro fundamentou a decisão citando episódios recentes, como a tentativa de fuga do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, capturado no Paraguai com documentos falsos, e a ida do deputado Alexandre Ramagem para os Estados Unidos. Para o magistrado, o comportamento do grupo indica um planejamento estruturado para deixar o território nacional e evitar o cumprimento das penas.

Operação policial e núcleos envolvidos

No último sábado (27), a Polícia Federal realizou uma operação em oito estados e no Distrito Federal para garantir o cumprimento dos mandados de prisão domiciliar. As ações, que contaram com o apoio do Exército Brasileiro em determinadas localidades, focaram em alvos que integram núcleos específicos da estrutura investigada por tramar contra o Estado Democrático de Direito. Segundo as investigações, o receio de novas fugas é “fundado”, o que justifica o rigor das cautelares e a vigilância constante sobre as atividades digitais e de locomoção dos envolvidos.

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