Bolsonaro volta ao centro cirúrgico após persistência de soluços
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro comunicou, nesta terça-feira (30), que o ex-presidente Jair Bolsonaro precisou retornar ao centro cirúrgico. A decisão médica ocorreu após o reaparecimento de um quadro persistente de soluços, que não cessou ao longo da manhã. Segundo Michelle, a equipe responsável optou por realizar um reforço no bloqueio do nervo frênico, procedimento que já havia sido tentado nos últimos dias.
Após aproximadamente duas horas, foi concluído com sucesso o procedimento para reforçar o bloqueio do nervo frênico do ex-presidente Jair Bolsonaro, visando interromper uma crise persistente de soluços. Apresentando boa evolução clínica, Bolsonaro permanece em recuperação hospitalar sob os cuidados de sua esposa, Michelle, e de seu filho Renan. Do lado de fora da unidade de saúde, um grupo de apoiadores manteve uma vigília ao longo de todo o dia.
Bolsonaro vem enfrentando dificuldades para controlar os espasmos desde o fim de semana. No sábado (27), foi realizado o bloqueio do nervo do lado esquerdo e, na segunda-feira (29), o do lado direito. Os médicos explicam que as intervenções são feitas de forma separada para evitar riscos de insuficiência respiratória. O bloqueio é uma alternativa comum quando o paciente não responde positivamente ao tratamento com medicamentos convencionais.
Internação e contexto jurídico
O ex-presidente está hospitalizado no DF Star, em Brasília, desde a véspera de Natal. Inicialmente, a internação ocorreu para a correção de uma hérnia inguinal bilateral, cirurgia que foi realizada no dia 25 de dezembro sem complicações imediatas. Vale destacar que o procedimento cirúrgico foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a uma solicitação da defesa do ex-mandatário.
Próximos passos e alternativas médicas
Embora o foco atual seja o reforço do bloqueio do nervo, a equipe médica já avalia cenários mais complexos caso os soluços não desapareçam. Em coletiva recente, o cirurgião Cláudio Birolini mencionou que métodos como a aplicação de botox no nervo, crioablação ou até o “clipamento” podem ser discutidos. No entanto, essas opções são consideradas “off label”, ou seja, fora da indicação padrão, e só seriam adotadas se as medidas convencionais falharem definitivamente.


