Rússia implanta míssil Oreshnik com capacidade nuclear na Bielorrússia, que pode atingir Londres em 480 segundos; veja vídeo

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O cenário da segurança europeia enfrenta uma nova e severa tensão com a entrada em serviço ativo do míssil Oreshnik. Considerada por analistas militares como uma arma praticamente impossível de interceptar, a tecnologia russa possui capacidade nuclear e velocidade suficiente para burlar qualquer sistema de defesa antimíssil ocidental atualmente em operação.

Segundo fontes de Moscou, o armamento, se lançado a partir de bases na Bielorrússia, teria a capacidade técnica de atingir Londres em apenas oito minutos, colocando toda a Europa sob seu raio de alcance.

Nesta terça-feira, o Ministério da Defesa da Rússia oficializou o status operacional do sistema durante uma cerimônia com tropas na Bielorrússia. Embora o Kremlin mantenha sigilo sobre o número exato de mísseis implantados, imagens divulgadas mostram unidades móveis de lançamento sendo camufladas em áreas florestais.

Durante o evento, oficiais superiores confirmaram que as equipes já seguem rotinas rigorosas de reconhecimento e prontidão para combate, sinalizando que a arma não é mais apenas uma promessa tecnológica, mas uma realidade no front.

Localização estratégica e capacidades técnicas

Dados de inteligência e análises de pesquisadores americanos apontam com alta confiança que os lançadores estão posicionados em uma antiga base aérea no leste da Bielorrússia, próxima à cidade de Krychaw. A localização é estratégica: fica a cerca de 307 km de Minsk e a menos de 500 km de Moscou.

O Oreshnik, cujo nome significa “aveleira” em russo, é um míssil balístico de alcance intermediário derivado do modelo RS-26. Sua principal característica é a velocidade hipersônica de Mach 10, que, aliada a trajetórias de voo imprevisíveis, o torna um desafio sem precedentes para os radares ocidentais.

Capaz de atingir temperaturas de até 4.000 graus Celsius durante o voo, o míssil pode carregar até seis ogivas nucleares com alvos independentes. Vladimir Putin já havia exaltado o poder da arma após seu primeiro uso em Dnipro, na Ucrânia, em novembro de 2024, alegando que uma ofensiva concentrada com este sistema poderia causar uma destruição equivalente a um ataque nuclear de larga escala.

Um sistema de mísseis Oreshnik russo é visto durante um treinamento em um local não divulgado na Bielorrússia (Serviço de Imprensa do Ministério da Defesa da Rússia via AP). Crédito: AP
Escalada retórica e o impasse diplomático

A movimentação militar ocorre em um dos momentos mais sensíveis da diplomacia internacional. As negociações de paz, que vinham sendo articuladas em conjunto com a equipe do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, parecem estar por um fio.

O clima de hostilidade escalou após autoridades russas, lideradas pelo ex-presidente Dmitry Medvedev, proferirem ameaças diretas contra a vida de Volodymyr Zelensky. Em declarações agressivas, Medvedev sugeriu que o líder ucraniano “sentiria o hálito da morte” e que sua trajetória política terminaria de forma violenta.

Moscou justifica a agressividade recente alegando um suposto ataque ucraniano com 91 drones contra a residência de luxo de Putin no Lago Valdai. Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores, insistiu na narrativa de retaliação necessária, embora evidências apontem que a acusação de ataque ao palácio — onde residiriam a suposta companheira de Putin e seus filhos — possa ter sido fabricada para legitimar a nova fase da ofensiva.

A Reação de Kiev e o futuro das negociações

Do lado ucraniano, o presidente Zelensky utilizou suas redes sociais para classificar as declarações russas como táticas de medo destinadas a sabotar os esforços diplomáticos.Segundo ele, o Kremlin tenta minar os avanços conquistados recentemente no diálogo internacional.

Zelensky reiterou que a Ucrânia continua focada em uma resolução que aproxime a paz, apesar do que chamou de “invenções grosseiras” por parte de Moscou para justificar a manutenção da guerra.

Com a implantação definitiva do Oreshnik e a retórica de aniquilação pessoal contra líderes políticos, o conflito entra em uma fase de incerteza tecnológica e estratégica, onde o poder de dissuasão nuclear volta a ser o centro das atenções globais.

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