Rejeição ao governo Lula se mantém acima da aprovação, mostra pesquisa
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é desaprovado por 50,9% dos brasileiros, segundo novo levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta segunda-feira (28). O estudo revela um cenário de estabilidade na desaprovação, enquanto a aprovação registrou uma oscilação negativa, passando de 45,9% para 45,6%.
A pesquisa ouviu 2.038 eleitores em 163 municípios de todos os estados e do Distrito Federal, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais. No quadro geral de avaliação, 42,8% dos entrevistados classificam a gestão como “ruim” ou “péssima”, superando os 32,7% que a consideram “ótima” ou “boa”.
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Os dados detalhados mostram que a resistência à administração federal é mais acentuada entre o público masculino, onde a desaprovação chega a 54,8%, contra 47,4% entre as mulheres. No recorte por faixa etária, o governo encontra seu maior desafio entre os adultos de 35 a 44 anos, grupo no qual a reprovação atinge 55,6%. Por outro lado, o presidente mantém um desempenho melhor entre os idosos com 60 anos ou mais, segmento que garante a maior taxa de aprovação do levantamento, com 50,1%.
Religião e geografia definem bases de apoio e rejeição
O levantamento evidencia uma divisão profunda no campo religioso e regional. O governo Lula enfrenta forte oposição entre os evangélicos, com 63,1% de reprovação, enquanto encontra suporte majoritário entre os católicos, que aprovam a gestão com 51,1%. Geograficamente, o Nordeste permanece como o principal reduto governista, com 58% de aprovação. Em contraste, a região Sul lidera a rejeição nacional com 60,7%, seguida pelo Norte e Centro-Oeste, onde 54,2% dos eleitores desaprovam a atual condução do Palácio do Planalto.
Perfil do eleitorado consultado
A amostra da pesquisa refletiu a diversidade da população brasileira, sendo composta majoritariamente por mulheres (52,8%) e por cidadãos com escolaridade até o ensino médio completo (75,8%). No que diz respeito à ocupação, a maioria dos consultados declarou estar empregada (64,6%), enquanto 35,4% afirmaram não possuir ocupação no momento. O índice daqueles que não souberam ou preferiram não opinar sobre a gestão federal ficou em 3,5%.


