Trump ordena cerco naval total à Venezuela e acende alerta de guerra na região
O cenário geopolítico na América Latina atingiu um novo patamar de hostilidade com a ordem direta do presidente Donald Trump para estabelecer um bloqueio “total e completo” a todos os petroleiros sancionados que operam na Venezuela. A medida visa asfixiar economicamente o governo de Nicolás Maduro e intensifica uma campanha que já conta com presença militar robusta e operações de interceptação no Caribe e no Pacífico.
A decisão ocorre pouco depois de forças norte-americanas capturarem um navio carregando aproximadamente 2 milhões de barris de petróleo venezuelano. A operação foi classificada por Caracas como um ato de “pirataria internacional” e “roubo descarado”. Nos últimos meses, o governo Trump deslocou uma frota sem precedentes para a região, incluindo um porta-aviões e milhares de soldados, resultando em mais de duas dezenas de ataques contra embarcações suspeitas, com um saldo de dezenas de mortos.
Através de suas redes sociais, Trump afirmou que a Venezuela utiliza os recursos do petróleo para financiar o narcotráfico e o crime organizado. Ele descreveu a força mobilizada como a “maior armada já reunida na história da América do Sul” e prometeu um impacto sem precedentes contra o regime de Maduro. Em contrapartida, o líder venezuelano acusou o que chama de “imperialismo e direita fascista” de tentar colonizar o país para saquear suas riquezas naturais, reafirmando o compromisso de defesa da soberania nacional.
Reações políticas e o impacto no mercado global
A legalidade da medida é questionada internamente nos Estados Unidos. O congressista democrata Joaquin Castro classificou o bloqueio como um “ato de guerra” não autorizado pelo Congresso. Enquanto isso, no setor econômico, o mercado de petróleo reagiu com alta nos preços diante da incerteza sobre o abastecimento global. Embora empresas como a Chevron ainda operem sob autorizações específicas, a perda de quase um milhão de barris por dia pode desestabilizar os preços caso o embargo se prolongue, apesar dos estoques atualmente retidos na costa chinesa.
Operações secretas e o objetivo final
O Pentágono confirmou ataques recentes contra embarcações acusadas de tráfico, mas o governo mantém sob sigilo absoluto as imagens dessas operações, gerando críticas de parlamentares sobre a transparência das ações militares. Embora o discurso oficial foque no combate às drogas, declarações da chefe de gabinete de Trump, Susie Wiles, sugerem um objetivo mais direto: a deposição de Nicolás Maduro através do uso contínuo de força militar contra a infraestrutura logística do país.


