Trump ameaça ataque imediato a novas instalações nucleares do Irã

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom de seus avisos ao Irã, declarando que as forças americanas atacariam imediatamente qualquer novo local nuclear iraniano caso Teerã tente retomar seu programa atômico sem um acordo.

Em um pronunciamento na Casa Branca, na quinta-feira, Trump afirmou que a capacidade nuclear do Irã foi “dizimada” pelos ataques aéreos realizados por forças americanas e israelenses em junho.

Ele enfatizou que o Irã poderia ter evitado a destruição de suas instalações se tivesse aceitado um acordo anteriormente. “Mas se eles quiserem voltar, e quiserem voltar sem um acordo, então vamos acabar com essa possibilidade também,” disse o presidente.

Avaliação dos EUA: programa Nuclear Iraniano inutilizável

Trump insistiu que as avaliações de inteligência dos EUA indicam que as instalações nucleares iranianas visadas em junho estão agora inutilizáveis. Segundo ele, analistas acreditam que o Irã precisaria de locais completamente novos e um longo período de reconstrução para reiniciar seu programa.

O presidente reiterou que o Irã “perdeu essa oportunidade” e que agora estaria disposto a fechar um acordo sob condições muito mais brandas, reconhecendo a gravidade de suas perdas.

Antes dos ataques, Trump havia afirmado que o Irã estava a meses, ou possivelmente semanas, de desenvolver um programa nuclear, o que, segundo ele, justificou a “ação militar imediata”.

Impasse diplomático persiste após conflito de junho

Os comentários de Trump surgem em um momento de estagnação na diplomacia entre Washington e Teerã. A guerra de 12 dias em junho teve como alvo três instalações nucleares iranianas, com os EUA alegando que os ataques prejudicaram a infraestrutura de enriquecimento e reduziram a capacidade do Irã de produzir material físsil.

Apesar da insistência de Trump de que o Irã agora deseja um acordo, Teerã continua a rejeitar as exigências dos EUA sobre o enriquecimento de urânio e o desenvolvimento de mísseis, afirmando que nunca buscou armas nucleares.

O impasse prolongado e a ausência de novas negociações agendadas mantêm a região vulnerável a uma nova escalada de tensões.

Líder Supremo do Irã minimiza ameaça de conflito

Em contrapartida, o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, rejeitou as especulações sobre um novo conflito militar, classificando-as como “propaganda inimiga”. Khamenei enquadrou o confronto atual como primordialmente “informativo e espiritual”, em vez de militar.

Ele afirmou que potências externas não podem pressionar o Irã por meio da força ou coerção, projetando uma imagem de resiliência e união nacional.

O Líder Supremo disse: “Estamos enfrentando uma ampla frente em uma guerra de propaganda; estamos em uma guerra espiritual.”

Perspectivas incertas

Com ambos os lados mantendo posições inflexíveis — Teerã recusando as condições dos EUA e Trump ameaçando ataques preventivos a quaisquer novos locais nucleares —, as perspectivas de uma retomada das negociações nucleares permanecem incertas. A ausência de diplomacia aumenta o risco de novos confrontos, enquanto a região lida com as consequências desestabilizadoras da guerra de junho.

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