Advogados pede assessoria de saúde para Bolsonaro com cardiologista e fisioterapeuta
A equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente detido por tentativa de golpe de Estado, solicitou formalmente ao Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, permissão para que ele receba a visita de um cardiologista e um fisioterapeuta. Bolsonaro cumpre uma pena de 27 anos e 3 meses na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Este pedido surge poucos dias após o filho do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, expressar publicamente nas redes sociais a preocupação da família com a saúde de seu pai. Na semana anterior, o vereador mencionou que Bolsonaro sofre de doença aterosclerótica do coração, condição que aumenta o risco de ataque cardíaco (infarto do miocárdio), e estenose das carótidas (acúmulo de placas nas artérias do pescoço), elevando o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Os advogados justificam que a entrada do cardiologista Brasil Ramos Caiado e do fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas é crucial para dar continuidade ao acompanhamento clínico especializado das condições de saúde do ex-presidente. A fisioterapia é compatível com os diagnósticos citados, pois foca em exercícios para fortalecer a condição cardiovascular.
Ao determinar a prisão, o Ministro Moraes já havia garantido que todos os réus têm direito a acompanhamento médico e contato com advogados, conforme previsto em lei. No entanto, visitas de familiares e outras pessoas dependem de sua autorização.
Anteriormente, mesmo antes da detenção em regime fechado ser decretada, a defesa já havia feito dois pedidos de prisão domiciliar humanitária, listando um histórico de problemas de saúde, incluindo cirurgias decorrentes da facada de 2018, episódios de pneumonia, crises de soluço e um diagnóstico de câncer de pele. A defesa argumenta que este conjunto de problemas exige monitoramento contínuo e a possibilidade de atendimento hospitalar imediato. A solicitação para a entrada dos médicos na sede da Polícia Federal ainda está sob avaliação do Ministro Moraes.


