Explosão na Polônia destrói linha férrea vital para a ajuda à Ucrânia em “ato de sabotagem”; exército é mobilizado
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, classificou como um “ato de sabotagem sem precedentes” a explosão que danificou gravemente um trecho da linha férrea que liga Varsóvia ao sudeste do país neste fim de semana. Tusk, que inspecionou o local na segunda-feira, enfatizou que esta rota é “crucialmente importante para entregar ajuda à Ucrânia”.
A explosão ocorreu na linha férrea entre Varsóvia e Lublin, confirmando os “piores temores”, segundo Tusk. A força do impacto destruiu os trilhos. Os problemas foram inicialmente detectados por um maquinista por volta das 7h40 da manhã de domingo. Inspeções posteriores localizaram o trecho danificado perto da vila de Mika, aproximadamente 100 km a sudeste da capital. Apesar de o trem transportava dois passageiros e vários funcionários, não houve relatos de feridos.
O Ministro da Defesa, Władysław Kosiniak-Kamysz, anunciou que o Exército irá realizar um exame minucioso de 120 quilômetros da linha Varsóvia-Lublin-Hrubieszów, que é uma rota crítica (ferroviária e rodoviária) para a Ucrânia.
Alerta de agressão e contexto de espionagem
O Chefe do Estado-Maior do Exército polonês, General Wiesław Kukuła, declarou que o incidente foi deliberado. Embora não tenha apontado diretamente o culpado, ele emitiu um alerta severo.
“O adversário iniciou os preparativos para a guerra. Estão criando um ambiente propício para minar a confiança pública no governo e em instituições como as forças armadas e a polícia.”
O General Kukuła afirmou que o inimigo não identificado está ativamente criando “condições favoráveis à possível agressão em território polonês”. Em resposta, o Gabinete de Segurança Nacional (BBN) classificou a situação como grave, exigindo “monitoramento especial e comunicação confiável”.
Segundo Incidente medidas de segurança
O Ministro do Interior, Marcin Kierwiński, confirmou que um segundo incidente separado está sob investigação. No domingo à noite, um trem que fazia a rota Świnoujście-Rzeszów foi obrigado a parar a cerca de 50 km de Lublin após os cabos elétricos aéreos que o alimentavam terem sido danificados. Este trem transportava 475 passageiros, e, felizmente, também não houve relatos de feridos. O contexto desses ataques se insere em uma série de atividades hostis; desde a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022, a Polônia já deteve dezenas de pessoas sob suspeita de sabotagem e espionagem.
Reação internacional
O primeiro-ministro da Estônia, Kristen Michal, foi o primeiro líder europeu a manifestar solidariedade à Polônia:
“A Estônia se solidariza com a Polônia e com @donaldtusk, condenando veementemente a sabotagem na ferrovia Varsóvia-Lublin, vital para o apoio à Ucrânia. Os responsáveis por atos hostis contra membros da UE e da OTAN devem ser expostos. Nossa resposta deve ser unificada.”


