Com porta-aviões e navios, Trump inicia nova operação militar próxima à Venezuela
O governo Trump revelou nesta quinta-feira (13) a operação militar “Lança do Sul”, anunciada como uma nova frente de combate ao narcotráfico e a grupos classificados como “narcoterroristas” no hemisfério sul.
O Comando Militar do Sul dos EUA é o responsável pela execução e já reforçou sua presença com navios de guerra posicionados estrategicamente próximos à costa venezuelana.
O secretário de Guerra, Pete Hegseth, afirmou na plataforma X que o objetivo da missão é “defender a pátria” e atingir organizações criminosas que, segundo ele, representam uma ameaça aos Estados Unidos. Embora não tenha especificado a área de atuação da operação, o movimento acontece em um momento de crescente atividade militar americana no Caribe. Esse aumento de forças é visto pelo governo de Nicolás Maduro como um indício de potencial intervenção militar.
É importante notar que esta não é uma iniciativa totalmente inédita: o Comando Sul já havia divulgado, em janeiro, uma missão com a mesma denominação, mas que era focada principalmente no uso de tecnologias autônomas para monitorar o tráfico ilegal na região.
O anúncio coincide com a chegada à América Latina do porta-aviões nuclear USS Gerald R. Ford, o maior do mundo, que se junta a outros recursos militares, como destroyers, caças, helicópteros e bombardeiros, para intensificar as ações contra organizações criminosas transnacionais.
Nos últimos 60 dias, os EUA reportaram a destruição de mais de 20 embarcações no Caribe e no Pacífico, resultando em mais de 70 mortes, alegando que todas estavam ligadas a facções narcoterroristas.
Essa escalada militar e operacional ocorre em paralelo a uma maior pressão sobre Nicolás Maduro. Após elevar para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à sua prisão ou condenação, autoridades americanas passaram a considerar o presidente venezuelano como um possível “alvo legítimo” em ações de combate aos cartéis de drogas.
Segundo informações da revista The Atlantic, Maduro estaria em fase de análise para negociar sua saída do poder, buscando garantias de anistia e segurança em um possível exílio.