Putin manda iniciar preparativos para testes nucleares em grande escala em resposta aos EUA
O presidente russo, Vladimir Putin, convocou uma reunião de urgência com o Conselho de Segurança na quarta-feira (data a ser inserida) para discutir a “séria” decisão dos Estados Unidos de retomar os testes nucleares. A medida americana, ordenada pelo então presidente Donald Trump no final de outubro (ano a ser inserido), autoriza o Departamento de Guerra a conduzir testes de armamentos nucleares produzidos internamente, buscando uma “igualdade de condições” com programas de outras nações.
O líder russo destacou que, apesar de os EUA afirmarem possuírem o maior arsenal nuclear do mundo, que foi modernizado em seu primeiro mandato, Moscou tem mantido estrito cumprimento do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares.
Alerta de retaliação
Em seu discurso de 2023 à Assembleia Federal, Putin já havia alertado para a possibilidade de uma resposta russa. Ele reiterou que, se os EUA ou outros signatários do Tratado realizarem tais testes, a Rússia estará obrigada a adotar “medidas retaliatórias apropriadas”.
Diante do cenário, o presidente russo instruiu o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Defesa, os serviços especiais e agências civis a agirem de forma coordenada para:
- Coletar informações adicionais sobre a decisão americana.
- Analisar os dados no Conselho de Segurança.
- Apresentar propostas coordenadas sobre o possível início dos preparativos para testes de armas nucleares.
Pedido de preparação imediata
Na mesma reunião, o Ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, reforçou o tom de alerta, declarando que as ações dos EUA exigem que as forças nucleares russas sejam mantidas em alerta máximo.
Belousov foi além, pedindo o início imediato dos preparativos para testes nucleares em larga escala. Ele argumentou que a Rússia deve focar “sobretudo nas ações dos Estados Unidos”, que, segundo ele, demonstram um “desenvolvimento ativo de armamento ofensivo estratégico por Washington”.
O ministro da Defesa denunciou ainda:
Planos dos EUA para implantar mísseis na Europa e na região da Ásia-Pacífico, destacando que o tempo de voo de mísseis da Alemanha até a Rússia central seria de apenas seis a sete minutos. O desenvolvimento, por Washington, de um novo míssil balístico intercontinental com ogiva nuclear e alcance de 13.000 km quilômetros. A realização de exercícios americanos em outubro que simularam um ataque preventivo com míssil nuclear contra a Rússia.
Para o Ministro, o possível abandono da moratória de testes nucleares pelos EUA representa um passo perigoso, que poderia levar à “destruição do sistema global de estabilidade estratégica”.


