Mísseis Tomahawk são aprovados pelo Pentágono para Ucrânia em meio a alertas nucleares
O Pentágono aprovou o fornecimento de mísseis de cruzeiro Tomahawk de longo alcance para a Ucrânia, determinando que a transferência não prejudicaria os arsenais dos EUA. A decisão final sobre o envio dos mísseis, que têm um alcance de até 1.600 quilômetros, está agora nas mãos do Presidente Donald Trump.
O Estado-Maior Conjunto informou a Casa Branca que o estoque dos EUA pode suportar a transferência sem comprometer a prontidão militar americana. Se aprovados, os Tomahawks aumentariam significativamente a capacidade da Ucrânia de atingir instalações de petróleo e energia em território russo, uma medida pela qual o Presidente Volodymyr Zelensky tem pressionado Washington. A decisão de Trump exige um equilíbrio delicado entre o apoio à Ucrânia e o risco de agravar as tensões com Moscou, num cenário de crescente preocupação nuclear global.
Escalada nuclear e testes
A questão do fornecimento dos Tomahawks coincide com uma escalada nas tensões nucleares globais, alimentada por declarações recentes de Trump e ações da Rússia:
Trump se recusou a descartar a retomada dos testes nucleares subterrâneos pelos EUA, os quais estão suspensos desde 1992. Questionado, ele disse: “Vocês descobrirão muito em breve”, gerando confusão sobre se ele se referia a testes de ogivas ou apenas de mísseis.
No mesmo dia, a Rússia anunciou testes de um novo drone e um míssil de cruzeiro movidos a energia nuclear. Moscou alertou que, se os EUA voltarem a realizar detonações, a Rússia fará o mesmo, aumentando os temores de uma nova corrida armamentista da Guerra Fria. Os EUA assinaram, mas não ratificaram, o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares.O míssil Tomahawk é fabricado pela Raytheon Missiles & Defense (uma divisão da RTX Corporation) no Arizona.


