EUA intensificam bombardeios letais contra barcos de drogas com novo ataque no Pacífico; vídeo
Os Estados Unidos anunciaram a expansão de seus ataques letais contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas, atingindo o Pacífico Oriental. O Secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, confirmou na quarta-feira um novo “ataque cinético letal” em águas internacionais, realizado “sob as ordens” do Presidente Donald Trump, que resultou na morte de três “narcoterroristas”.
Hegseth comparou as organizações de tráfico à “Al-Qaeda do nosso hemisfério” e prometeu que as operações “continuarão, dia após dia”, até que a ameaça seja eliminada.
O ataque mais recente é o segundo na região do Pacífico Oriental, após sete bombardeios terem ocorrido no Mar do Caribe desde agosto. Ao todo, a administração Trump já realizou nove ataques conhecidos contra “narco-barcos” desde o mês passado, resultando em pelo menos 37 mortes, segundo a CBS News.
“Autoridade legal” do presidente
O Presidente Trump defendeu a legalidade dessas operações, alegando que o tráfico de drogas é um “problema de segurança nacional” que causou 300 mil mortes de americanos no ano passado. Ele justificou os ataques dizendo que o governo tem “autoridade legal” para agir, pois as embarcações operam em águas internacionais.
Controvérsia e execuções sumárias
A frequência dessas operações letais aumentou após o deslocamento militar americano sem precedentes para a costa da Venezuela. No entanto, grupos de direitos humanos têm questionado veementemente a natureza desproporcional desses ataques, classificando-os como execuções sumárias e massacres que violam o direito internacional.
Em um dos ataques recentes no Caribe, que resultou em duas mortes, houve dois sobreviventes (um colombiano e um equatoriano) que foram acusados de tráfico de drogas, o que intensificou o debate sobre a política de “bombardeios letais” dos EUA.
