Close

EUA aplicam sanções pesadas contra Rússia na tentativa de pressionar Putin para negociar o fim da guerra na Ucrânia

Compartilhe

Em uma mudança significativa de sua política em relação à Rússia, o governo do presidente Donald Trump impôs sanções contra as duas maiores petrolíferas russas, a Rosneft e a Lukoil, intensificando a pressão sobre o Kremlin para negociar o fim da guerra na Ucrânia.

As sanções, as primeiras contra a Rússia desde o retorno de Trump à Casa Branca em janeiro, visam cortar as receitas essenciais da venda de petróleo que financiam a máquina de guerra russa.

O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou as medidas, pedindo um cessar-fogo imediato e declarando que as sanções são uma resposta à “recusa do presidente Putin em encerrar esta guerra sem sentido”. Ele ainda incentivou os aliados a aderirem às restrições.

As sanções marcam uma crescente frustração da administração Trump com as “exigências maximalistas” de Vladimir Putin, após um período de coação a Kiev para buscar a paz. Um sinal desse colapso nas negociações foi o cancelamento, confirmado por Trump, de uma cúpula planejada com Putin.

O Reino Unido já havia sancionado ambas as empresas na semana anterior. A União Europeia (UE) sancionou a Rosneft (estatal), mas não a Lukoil (privada), devido em grande parte a isenções para países como Hungria e Eslováquia. A UE deve adotar um 19º pacote de sanções em breve, que incluirá a proibição de importações de Gás Natural Liquefeito (GNL) russo e restrições a navios da “frota paralela” russa.

A ação foi vista como uma vitória pela Ucrânia e seus aliados europeus, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiando as novas sanções como um “sinal claro de ambos os lados do Atlântico” para manter a pressão sobre o agressor.

As sanções têm potencial para causar um “aperto estratégico de longo prazo nas receitas de petróleo da Rússia”, segundo o ex-alto funcionário do Departamento de Estado Edward Fishman, mas a eficácia dependerá da aplicação contínua e ativa das medidas pelos EUA e pela ameaça a comerciantes e bancos estrangeiros que facilitem as vendas.

Paralelamente, houve controvérsia sobre o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia. Uma reportagem do Wall Street Journal alegou que o governo Trump havia liberado a Ucrânia para usar mísseis de cruzeiro Storm Shadow fornecidos pelo Reino Unido em ataques dentro da Rússia, mas Trump desmentiu a informação nas redes sociais, classificando-a como “NOTÍCIA FALSA!”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

www.clmbrasil.com.br