Hamas liberta todos os 20 reféns vivos após 700 dias de cativeiro em dia de emoção em Israel
Todos os 20 reféns israelenses que estavam vivos foram libertados pelo Hamas após mais de dois anos de cativeiro na Faixa de Gaza. A libertação, que incluiu encontros emocionantes de pais com filhos, ocorreu em fases ao longo desta segunda-feira, com a Cruz Vermelha intermediando a entrega ao exército israelense. Em troca, ministros de Israel aprovaram a soltura de 1.718 prisioneiros palestinos.
O dia foi marcado por euforia em Israel, especialmente na “Praça dos Reféns” em Tel Aviv, onde milhares se reuniram. As famílias expressaram alívio e gratidão, classificando o retorno como uma “vitória de todo um povo”. A família de Omri Miran, por exemplo, destacou que o momento marca o início de uma “jornada de recuperação complexa”.
A libertação dos reféns ocorreu em duas etapas distintas na Faixa de Gaza. O primeiro grupo, composto por sete indivíduos — Matan Angrest, Alon Ohel, Omri Miran, Eitan Mor, Guy Gilboa-Dallal e os gêmeos Gali e Ziv Berman —, foi entregue à Cruz Vermelha na Cidade de Gaza (norte) por volta das 8h, sendo transferido para as forças israelenses cerca de uma hora depois.
Já os 13 reféns restantes — Elkana Bohbot, Avinatan Or, Yosef-Haim Ohana, Evyatar David, Rom Braslavski, Segev Kalfon, Nimrod Cohen, Maxim Herkin, Eitan Horn, Matan Zangauker, Bar Kupershtein e os irmãos David e Ariel Cunio — foram soltos perto das 11h em Khan Younis (sul da Faixa) e, à semelhança do primeiro grupo, foram recebidos pelas forças de Israel aproximadamente uma hora mais tarde.
O processo de libertação ganhou destaque com a chegada do presidente dos EUA, Donald Trump, a Israel, onde discursou no Knesset e foi amplamente creditado por promover o avanço do acordo. Ele declarou que, para ele, “a guerra acabou”.
A libertação dos reféns, contudo, é apenas a primeira fase de um plano de paz mais amplo, deixando em aberto questões cruciais sobre o futuro do Hamas e de Gaza.
