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OTAN avalia resposta militar “decisiva” contra ações da Rússia em meio a onda de invasões de drones

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A OTAN está discutindo opções para uma resposta mais enérgica e até militar às crescentes provocações da Rússia, segundo informou o Financial Times (FT) em 9 de outubro, citando fontes anônimas.

O debate surge em meio ao aumento de incidentes com drones não identificados sobre o espaço aéreo europeu, intensificando os temores de uma guerra híbrida russa e a fragilidade da segurança da aliança.

Fontes da OTAN disseram ao FT que o objetivo das negociações é aumentar o custo das operações de “zona cinzenta” de Moscou e fortalecer a dissuasão.

Medidas Militares em Análise

As propostas mais drásticas, iniciadas por países fronteiriços à Rússia e apoiadas por França e Reino Unido, incluem:

  • Armamento de Drones: Transformar drones de vigilância em plataformas armadas ao longo da fronteira russa.
  • Flexibilização de Regras: Mudar as regras de engajamento para permitir que pilotos da OTAN abram fogo contra aeronaves russas que invadam o espaço aéreo aliado.
  • Exercícios de Fronteira: Realizar manobras militares da OTAN diretamente nas fronteiras com a Rússia.

Escalada de Incidentes

As discussões ganharam urgência após uma série de incidentes recentes:

  • Drones em Aeroportos: Aeroportos importantes, como Munique (Alemanha), Oslo (Noruega) e Copenhague (Dinamarca), sofreram paralisações temporárias após avistamentos misteriosos de drones.
  • Invasões Aéreas: Em setembro, a Polônia abateu drones russos, e a Romênia registrou a invasão de um drone em seu espaço aéreo. Caças russos também violaram o espaço aéreo da Estônia por 12 minutos, levando o país a invocar o Artigo 4 da OTAN.
  • Líderes ocidentais, incluindo o Chanceler alemão, acreditam que a Rússia está por trás dos drones não identificados. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sugeriu que a “frota fantasma” de petroleiros russos estaria sendo usada para controlar os drones sobre cidades europeias.

Apesar da pressão por uma resposta firme, o Ministro da Defesa da Estônia, Hanno Pevkur, alertou para o risco de cair na armadilha de Moscou. Ele afirmou que a Rússia busca uma “reação exagerada” da OTAN para, em seguida, alegar que a aliança iniciou um conflito.

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