Comando Sul dos EUA realiza exercício com fogo real no Caribe em meio a acusações de cerco militar contra a Venezuela
O Comando Sul dos EUA (US Southern Command) realizou manobras militares com fogo real no Mar do Caribe, intensificando a presença militar na região em meio à crescente tensão com a Venezuela.
O exercício, que envolveu a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, foi divulgado nas redes sociais. O Comando Sul afirmou que as operações fazem parte de sua missão na região e estão alinhadas com as prioridades do Departamento de Guerra dos EUA e do presidente Donald Trump. Um vídeo que acompanha a publicação cita o chefe do Departamento de Guerra, Peter Hegseth, que teria dito: “Não se enganem, o que eles estão fazendo agora não é treinamento, é um exercício no mundo real.”
Venezuela denuncia “provocação”
As ações dos EUA ocorrem logo após a Venezuela denunciar uma “provocação” militar. Na véspera, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, afirmou que pelo menos cinco aeronaves de guerra F-35 dos EUA sobrevoaram a costa venezuelana.
López alertou que Caracas está “de olho neles” e que a ação não intimida o povo venezuelano. O governo venezuelano condenou a postura “imprudente, aventureira e guerreira” de Peter Hegseth, pedindo que ele “cesse imediatamente” a escalada que, segundo Caracas, ameaça a estabilidade regional e a zona de paz da América Latina e do Caribe.
Em resposta direta à ameaça militar, o presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou que o país realizará um “exercício organizacional especial” em 4 de outubro, envolvendo todos os componentes das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas e as Milícias Bolivarianas. Além disso, a Venezuela apresentará denúncias às Nações Unidas e outras entidades multilaterais.
