Michelle Bolsonaro se lança como defensora da Direita e considera candidatura presidencial
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro sinalizou sua ascensão como uma nova voz da direita brasileira e potencial sucessora de seu marido, Jair Bolsonaro, ao declarar que irá “se levantar como uma leoa para defender nossos valores conservadores”. A declaração foi feita em uma entrevista ao jornal britânico The Daily Telegraph, publicada na quarta-feira (24/9).
Nos seus primeiros comentários à mídia desde a condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, Michelle classificou o julgamento do ex-presidente como uma “farsa”. Ela afirmou que as acusações “fabricadas” contra ele visam desviar a atenção de “violações sérias que acontecem no Brasil”.
O Telegraph destaca que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão neste mês.
A ex-primeira-dama também sinalizou apoio às ações do presidente dos EUA, Donald Trump, que, segundo o jornal, tentou pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a abandonar o julgamento de Bolsonaro, ameaçando com tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras.
Olho em 2026 e foco na família
O jornal britânico aponta que, com Bolsonaro fora da Presidência e condenado, muitos eleitores, especialmente cristãos evangélicos, estão depositando suas esperanças em Michelle, vista como uma “defensora renascida da direita religiosa”.
Michelle Bolsonaro não descartou a possibilidade de disputar a eleição presidencial do próximo ano, afirmando que fará isso se for “a vontade de Deus”.
No entanto, ela insiste que sua prioridade imediata é cuidar de seu marido, que recentemente removeu lesões cancerígenas na pele.
“Minha total atenção está voltada para cuidar de minhas filhas e meu marido neste momento delicado, para que esta perseguição e humilhação que estão sendo infligidas a nós, brasileiros conservadores, não destrua minha família ou as famílias de tantos outros injustamente alvos desta perseguição covarde”, declarou ao Telegraph.
O jornal também notou a mudança de postura de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU, onde ele adotou um tom mais conciliatório em relação ao Brasil ao mencionar a “excelente química” que sentiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
