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EUA testam mísseis balísticos em meio à crise com a Venezuela; Maduro alerta para guerra devastadora no Caribe em caso de ataque

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Em uma demonstração de seu poderio militar, os Estados Unidos testaram mísseis balísticos intercontinentais Trident II D5 a partir de um submarino na costa da Flórida. Os exercícios, que ocorreram entre os dias 17 e 21 de setembro, incluíram quatro lançamentos de mísseis “desarmados” e foram realizados para “demonstrar a prontidão e confiabilidade” do arsenal estratégico americano. Um dos lançamentos foi tão visível que pôde ser visto de Porto Rico.

O míssil Trident II D5 é um sistema de armamento intercontinental, com três estágios de propulsão a combustível sólido. Seu alcance é superior a 7.000 quilômetros, e ele é capaz de carregar múltiplas ogivas, podendo ser nucleares. O míssil foi desenvolvido para ser lançado de submarinos, especificamente os da classe Ohio da Marinha dos EUA e os da classe Vanguard da Marinha Real Britânica. Um único submarino da classe Ohio pode transportar até 20 mísseis Trident II.

A Marinha dos EUA afirmou que os testes fazem parte de um programa de manutenção para garantir a confiabilidade do sistema até pelo menos 2040 e que não estão relacionados a eventos globais específicos. No entanto, a manobra aconteceu em meio a crescentes tensões políticas e diplomáticas com a Venezuela, o que adicionou uma camada de complexidade ao evento.

O alerta de Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou a comunidade internacional que um possível ataque militar dos Estados Unidos contra seu país poderia dar início a uma guerra em todo o continente americano. Em um discurso no Palácio de Miraflores, ele afirmou que um ataque “seria o início de uma guerra catastrófica no Caribe e na América do Sul”.

Para se preparar contra as “ameaças” de Washington, Maduro convocou uma sessão permanente do Comitê Executivo do Conselho de Estado. Segundo ele, as ações dos EUA violam o direito internacional e têm sido rejeitadas por organizações como a ONU e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Maduro acusou o governo de Donald Trump de criar uma “narrativa falsa” para justificar um plano “grosseiro e estúpido” de ataque. Ele enfatizou que a população venezuelana está preparada para defender a soberania do país, e que pesquisas mostram que mais de 90% dos venezuelanos rejeitam as ameaças americanas, apoiando a mobilização civil-militar como a única garantia de paz.

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