Eduardo Bolsonaro alfineta Temer e Aécio: ” fantoches”, sobre reunião da anistia
O debate sobre o projeto que busca reduzir as penas de envolvidos nos atos de 8 de janeiro ganhou novos contornos com a troca de farpas entre parlamentares. Em uma postagem nas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o encontro entre o relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), o deputado Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente Michel Temer (MDB).
Na publicação, Eduardo chamou os envolvidos de “puppets” (fantoches) e “porta-vozes da moderação”, sugerindo que eles estariam sendo usados para defender a proposta. “O regime resgata das profundezas seus ‘pupets’, endividados com seus algozes, para servirem de porta-vozes da ‘moderação’. Não adiantará. Anistia é sobre fatos!”, escreveu ele.
As críticas do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro surgem logo após Paulinho da Força ter feito declarações públicas sobre ele. Em entrevista à GloboNews, o relator disse esperar que Eduardo “possa pôr a mão na consciência” e que o deputado “já fez muita besteira”. Paulinho também alertou que novas sanções ao país, em meio às discussões do projeto, podem “atrapalhar e muito” e “colocar fogo no parquinho”.
O projeto de ‘dosimetria’
O encontro entre Paulinho da Força, Michel Temer e Aécio Neves, que contou com a participação virtual do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), teve como foco o projeto que, inicialmente, era chamado de “PL da Anistia”. No entanto, os participantes da reunião preferiram renomear o texto para “PL da Dosimetria”, que propõe a redução das penas dos condenados.
Após a reunião, Paulinho da Força defendeu que a proposta busca “pacificar o Brasil”, enquanto Michel Temer a classificou como um “pacto republicano”. Segundo Aécio Neves, a nova abordagem, ao invés de anistiar, reduz penas, o que evitaria um confronto direto com o Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte já havia sinalizado que o perdão a crimes contra o Estado Democrático de Direito seria inconstitucional.
