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Venezuela mobiliza forças armadas e inicia exercícios militares no Caribe em resposta a ações de Trump diante das tensões com os EUA

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A Venezuela iniciou exercícios militares nesta quarta-feira, em um claro sinal de desafio às crescentes tensões com os Estados Unidos. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, anunciou que o treinamento, batizado de “Caribe Soberano 200,” acontecerá na ilha La Orchila e é uma resposta direta às “ameaças” dos EUA.

Segundo López, o treinamento de três dias envolve o deslocamento de drones, tanto aéreos quanto submarinos, além de operações de guerra eletrônica, com foco na defesa da região do Caribe. A TV estatal exibiu imagens de navios de guerra e embarcações menores mobilizadas para a base naval na ilha.

A operação acontece poucas horas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a Marinha americana havia “eliminado” uma terceira embarcação venezuelana na área, como parte de uma operação contra o narcoterrorismo.

Maduro acusa os EUA de agressão

Em um discurso à imprensa, o presidente Nicolás Maduro acusou os EUA de uma “agressão em todas as linhas,” incluindo a militar. Ele defendeu que a Venezuela está apenas exercendo seu “direito legítimo à defesa” e negou que haja negociações em andamento com o governo americano. Maduro também insinuou que um vídeo divulgado por Trump, mostrando uma embarcação com drogas, seria uma montagem.

Maduro afirmou que os EUA mobilizaram um arsenal massivo contra seu país, incluindo mísseis, um submarino nuclear e jatos de combate. Ele convocou reservistas e membros da Milícia Bolivariana para treinamentos de tiro, ordenando a mobilização de 25 mil militares para as fronteiras. “Quem quer paz, prepare-se para defendê-la,” proclamou Maduro, mobilizando “fuzis, tanques e mísseis” para uma possível defesa.

Atualmente, oito navios da Marinha dos EUA estão operando perto da Venezuela, como parte da operação anti-narcotráfico. Generais venezuelanos aposentados, porém, questionam a eficácia da Milícia Bolivariana, que teria cerca de 30 mil membros bem treinados, apesar de o governo falar em mais de 200 mil.

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