Aliados de Bolsonaro vêem prisão na Papuda como estopim para crise com EUA
A possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, está sendo vista por seus aliados políticos como um evento que pode agravar a crise institucional com os Estados Unidos. O grupo liderado pelo deputado Eduardo Bolsonaro acredita que essa medida seria uma “tentativa de intimidação” do Judiciário brasileiro.
Reações e Sanções
O grupo de Eduardo Bolsonaro, que busca apoio em Washington para anistiar o ex-presidente e aplicar sanções a autoridades como o ministro do STF Alexandre de Moraes, interpreta o sinal de que Bolsonaro possa ser preso em um presídio comum como um passo que pode provocar uma reação mais forte dos EUA.
Segundo fontes próximas a Moraes, a tendência é que Bolsonaro cumpra sua pena na Papuda, em uma ala especial para presos de perfil “vulnerável”. No entanto, a mesma fonte avalia que, caso a gestão de Donald Trump decida aplicar sanções a mais autoridades brasileiras, a chance de Moraes ordenar a prisão de Bolsonaro em um presídio comum aumenta consideravelmente.
Diferença em relação ao caso Lula
A situação de Bolsonaro é vista como distinta do caso de Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou detido em uma sala adaptada na Polícia Federal de Curitiba. A principal diferença, segundo fontes próximas ao ministro, é que Lula não tinha uma condenação definitiva na época de sua prisão, enquanto Bolsonaro já foi condenado em última instância pelo STF.
Ainda no círculo de Eduardo Bolsonaro, a expectativa é que, nos próximos dias, os EUA apliquem sanções financeiras contra Viviane, esposa de Alexandre de Moraes. Essa medida seria uma resposta direta à condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, já confirmou publicamente que o governo Trump anunciará medidas em resposta à condenação do ex-presidente.


