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Frota de navios de guerra americanos é flagrada por satélite a poucos passos da Venezuela

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A Marinha dos EUA intensificou sua presença no Caribe, posicionando navios de guerra e tropas perto da costa venezuelana, em um movimento que o governo do presidente Donald Trump descreve como uma ofensiva contra o tráfico de drogas. No entanto, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vê a ação como uma tentativa de golpe de Estado, prometendo resistir a qualquer ataque.

O governo Trump iniciou a mobilização de recursos navais para combater grupos de “narcoterroristas”, incluindo o Tren de Aragua, que supostamente transporta drogas para os EUA. Imagens de satélite confirmam a presença de uma frota considerável, que inclui:

  • Contratorpedeiros de mísseis guiados: USS Sampson, USS Gravely e USS Jason Dunham.
  • Navio de combate litorâneo: USS Minneapolis-Saint Paul.
  • Grupo de assalto anfíbio: USS Iwo Jima, USS San Antonio e USS Fort Lauderdale.
  • Submarino e aeronaves: o submarino USS Newport News e aeronaves de patrulha P-8A Poseidon e C-17.

Segundo o governo americano, essa concentração militar é uma resposta direta a uma ordem executiva de Trump que designou cartéis latino-americanos como organizações terroristas.

magens capturadas pelos satélites Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia mostram o navio de assalto anfíbio da classe Wasp da Marinha dos EUA, USS Iwo Jima, operando perto de duas docas de transporte anfíbio da classe San Antonio — o USS San Antonio e o USS Fort Lauderdale 
Imagens capturadas pelos satélites Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia mostram o navio de combate litorâneo USS Minneapolis-Saint Paul, classe Freedom, da Marinha dos EUA, em 1º de setembro de 2025, no leste do Mar do Caribe. 

Reação e Retórica de Maduro

Em resposta, Maduro acusou Trump de orquestrar um plano para derrubar seu governo e ordenou a mobilização de tropas ao longo da costa e das fronteiras. Ele declarou que a Venezuela está preparada para uma “luta armada” em defesa do país e que “nenhum império” profanará seu “solo sagrado”. A escalada de tensões gera preocupações sobre o potencial de conflito na região.

Imagens divulgadas pela empresa chinesa de inteligência aeroespacial MizarVision mostram duas aeronaves de patrulha marítima P-8 Poseidon da Marinha dos EUA e um avião de transporte militar C-17 Globemaster III da Força Aérea dos EUA em 31 de agosto de 2025,
Imagens divulgadas pela empresa chinesa de inteligência aeroespacial MizarVision mostram dois helicópteros de transporte militar MV-22 Osprey do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA em 1º de setembro de 2025, no Aeroporto José Aponte de la Torre, em Porto Rico. 

Apesar da retórica acalorada, especialistas consideram improvável uma invasão em grande escala da Venezuela. A falta de uma declaração formal de guerra pelo Congresso americano e as restrições do direito internacional tornam um ataque direto muito arriscado. No entanto, a crescente presença militar dos EUA no Caribe é vista como uma forma de aumentar a pressão sobre o regime de Maduro. Um ex-embaixador americano, Jimmy Story, descreveu o uso de tanto poder militar contra o tráfico de drogas como “usar um maçarico para cozinhar um ovo”, sugerindo que o objetivo real pode ser político, e não apenas de combate ao narcotráfico.

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