Assessor de Trump se volta contra Moraes por indiciamento de Bolsonaro e Eduardo
O conflito político entre as figuras da direita nos Estados Unidos e as autoridades brasileiras escalou na quinta-feira, depois que Jason Miller, conselheiro de campanha de Donald Trump, fez uma série de ataques contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As publicações de Miller nas redes sociais foram uma resposta direta ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, pela Polícia Federal (PF).
Em uma das postagens, Miller republicou uma nota de Eduardo Bolsonaro e chamou o juiz de “aspirante a ditador de terceira categoria” e “O Rei Louco”, acusando-o de buscar “poder pessoal” e de querer “destruir a democracia”.
“Bola branca”: a resposta de Miller à entrevista de Moraes
Horas depois, Jason Miller voltou a atacar o ministro Moraes, dessa vez em reação a uma entrevista concedida ao jornal The Washington Post. O título da matéria destacava Moraes como “o juiz que se recusa a se curvar à vontade de Trump”.
Em sua postagem, Miller ironizou a manchete, apelidando Moraes de “bola branca” e afirmando que compartilharia o artigo com Trump. O conselheiro encerrou o comentário chamando o ministro de “idiota” e “uma ameaça à democracia em todo o Hemisfério Ocidental”.
Moraes, por sua vez, havia declarado na entrevista que não se sentia intimidado e que não recuaria “nem um milímetro” nas investigações. A PF indiciou os Bolsonaros por coação no curso de processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, após um pedido da Procuradoria-Geral da República.
