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Trump rejeita tropas, mas promete reforços aéreos para a Ucrânia

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Donald Trump, em uma entrevista à Fox News, afirmou que os Estados Unidos não enviarão tropas à Ucrânia para garantir um possível acordo de paz com a Rússia. A declaração contradiz a promessa anterior do presidente de fornecer garantias de segurança a Kiev, que foi vista pelos aliados europeus como um avanço significativo para conter a invasão.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, demonstraram disposição para conversas. Embora a Hungria e a Suíça tenham sido sugeridas como possíveis locais para o encontro, a Rússia vê a presença de tropas da OTAN na Ucrânia como um obstáculo às negociações.

Otimismo cauteloso e diplomacia intensa

Apesar das incertezas, Trump se mostrou otimista em relação a um acordo com Putin. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, descreveu a promessa de Trump como um avanço importante. No entanto, o Kremlin ainda não confirmou um encontro presencial entre Putin e Zelenskyy, o que seria o primeiro desde o início da guerra. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ressaltou que qualquer reunião precisaria ser “preparada com muito cuidado.”

Garantias de segurança e divergências

A discussão central nas negociações entre os aliados europeus é sobre as garantias de segurança que poderiam ser oferecidas à Ucrânia. Zelenskyy descreveu-as como “um ponto de partida para o fim da guerra” e expressou satisfação com o apoio americano.

Outras propostas incluem uma “força de segurança” para deter futuras agressões russas, uma ideia que o Reino Unido e outros aliados apoiam, mas que depende do firme suporte dos EUA. A Rússia, por sua vez, rejeitou “qualquer cenário que envolva o envio de um contingente da OTAN para a Ucrânia.”

No entanto, há um abismo entre as exigências de Rússia e Ucrânia. Enquanto a Rússia exige a retirada ucraniana de Donetsk e Luhansk, Zelenskyy insiste que o país não cederá terras.

Apesar da intensa diplomacia, a situação permanece incerta. Alguns analistas, como o ex-embaixador francês Gérard Araud, criticam a falta de progresso real. “Foi o triunfo da imprecisão vazia e de compromissos sem sentido”, ele escreveu, sugerindo que a diplomacia até agora evitou decisões indesejadas, mas não trouxe o fim do conflito.

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