Taiwan apresenta míssil antinavio audacioso para enfrentar ameaça chinesa
Em uma tentativa de fortalecer sua defesa contra o crescente poder naval da China, Taiwan está desenvolvendo um novo míssil antinavio de última geração. O projeto, que visa deter a Marinha do Exército de Libertação Popular (ELP), foi noticiado pelo South China Morning Post (SCMP) e confirmado em um documento do Ministério da Defesa taiwanês.
Descrito como um “míssil de cruzeiro antinavio subsônico de longo alcance”, a nova arma fará parte da lista de aquisições militares do próximo ano. A iniciativa ganha destaque no momento em que a China realiza exercícios com dois de seus porta-aviões no Pacífico Ocidental, aumentando a tensão na região.
Tecnologia avançada e alcance Ampliado
O novo míssil será equipado com “magnetrons coaxiais ágeis em frequência”, uma tecnologia que permite alterar rapidamente sua frequência operacional. Essa inovação não será exclusiva do novo armamento, sendo também incorporada aos mísseis antinavio Hsiung Feng II e III, já em uso pelas forças armadas de Taiwan.
A criação do novo míssil é vista como uma necessidade urgente. De acordo com Lu De-yun, ex-secretário de imprensa do Ministério da Defesa de Taiwan, a arma foi pensada para superar o alcance limitado dos mísseis atuais da ilha. O míssil Hsiung Feng III, por exemplo, tem um alcance de aproximadamente 400 km, enquanto os caças chineses podem lançar seus mísseis a uma distância de 500 km.
“Portanto, desenvolver um míssil capaz de atacar de fora das defesas inimigas tornou-se uma necessidade urgente”, explicou Lu. A expectativa é que o novo míssil se torne um verdadeiro ‘matador de porta-aviões’, compensando a desvantagem de alcance.
Inspiração americana e capacidade Estratégica
Segundo Su Tzu-yun, analista do Instituto Nacional de Pesquisa de Defesa e Segurança de Taipei, o novo míssil antinavio está sendo desenvolvido com base no AGM-158B dos Estados Unidos. Esse modelo americano tem um alcance de quase 1.000 km, o que permitiria a Taiwan atacar embarcações chinesas antes mesmo que elas estivessem ao alcance de seus próprios mísseis.
A inclusão dessa arma de longo alcance no arsenal de Taiwan reforça a estratégia da ilha de fortalecer suas capacidades defensivas em meio às crescentes ameaças de Pequim, que considera Taiwan parte inalienável de seu território.
