Poderoso enxame de terremotos provoca fissura gigante na Islândia e libera erupção violenta de lava
Uma nova erupção vulcânica teve início na Islândia nesta quarta-feira (16 de julho), lançando lava de uma fissura gigante na cratera de Sundhnúkur. A abertura da fissura, que ocorreu após uma série de terremotos, marca mais um episódio de intensa atividade geológica na Península de Reykjanes.
Onda de terremotos precedeu a erupção
De acordo com o Icelandic Met Office (IMO), uma onda de “terremotos intensos” começou nas primeiras horas da manhã de quarta-feira, culminando com o início da erupção às 3h56, horário local. O Departamento de Proteção Civil da Islândia divulgou fotos aéreas impressionantes, que mostram a lava jorrando da fissura como uma “parede de fogo”, inundando a paisagem ao redor.
As observações mais recentes, realizadas ao meio-dia, indicam que a erupção se espalhou para uma segunda fissura. A fissura principal tem cerca de 2,4 quilômetros de comprimento, enquanto a menor se estende por aproximadamente 500 metros

Erupção atípica e alertas de saúde
Diferente de erupções anteriores na região, esta ocorreu antes que o magma atingisse seu pico de acúmulo. “Antes do início da erupção, a quantidade de magma acumulada sob Svartsengi era cerca de 2/3 da quantidade que saiu de lá na última erupção”, explicaram representantes do IMO.
Apesar de a lava não estar se aproximando de infraestruturas povoadas, os ventos estão carregando poluição gasosa para algumas áreas. Autoridades relataram altos níveis de dióxido de enxofre (SO2), substância nociva quando inalada, no município de Reykjanesbær, embora os níveis estejam diminuindo.
Além da poluição gasosa, o IMO também alerta para a formação de “pelos de bruxa”, minúsculas fibras de vidro que se formam quando a lava esfria rapidamente. Essas fibras são leves, podem viajar longas distâncias e causar desconforto à pele e aos olhos, com recomendação de cautela ao ar livre perto dos locais de erupção.

Continuidade da atividade Vulcânica na Península de Reykjanes
A atividade atual está próxima de onde ocorreram fluxos de magma em erupções anteriores, entre Stóra-Skógfell e Sýlingarfell, na península de Reykjanes. Essa região do sudoeste da Islândia é notória pela sua intensa atividade vulcânica e tem testemunhado uma série de erupções semelhantes nos últimos anos. Embora a fissura atual seja dramática, erupções passadas, como a de 2023, apresentaram fissuras ainda maiores, com 4 quilômetros de extensão, expelindo volume significativo de lava.
