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EUA exigem posicionamento de Japão e Austrália em possível guerra com a China sobre Taiwan

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O Departamento de Defesa dos EUA está intensificando a pressão sobre o Japão e a Austrália para que definam claramente sua postura em um possível conflito com a China envolvendo Taiwan. A informação, divulgada pelo Financial Times no sábado, 12 de julho de 2025, baseia-se em fontes familiarizadas com o assunto.

Nos últimos meses, Elbridge Colby, subsecretário de Defesa para Políticas, tem liderado discussões com autoridades japonesas e australianas. O objetivo principal é convencer esses aliados a intervir ao lado dos EUA em um eventual confronto na região do Indo-Pacífico.

Além de exigir um posicionamento, o governo Trump também estaria solicitando que Japão e Austrália fortaleçam sua dissuasão militar e se preparem para uma guerra por Taiwan. Uma autoridade americana, que preferiu não ser identificada, afirmou que as negociações visam “intensificar e acelerar os esforços para fortalecer a dissuasão de forma equilibrada e equitativa”.

Apesar de as discussões anteriores já abordarem o aumento dos gastos com defesa, a exigência de participação direta em um conflito com a China parece ser uma novidade. Uma das fontes indicou que, embora planos operacionais e exercícios específicos para uma contingência em Taiwan já estivessem sendo realizados com Japão e Austrália, o pedido recente “surpreendeu Tóquio e Canberra”. A surpresa se deve ao fato de os EUA não oferecerem garantias de apoio financeiro total a Taiwan.

Zack Cooper, especialista em Ásia do American Enterprise Institute, aponta a dificuldade em obter detalhes específicos dos aliados quando o próprio presidente Donald Trump “não se comprometeu a defender Taiwan”. Para ele, não é realista insistir em compromissos claros de outros países nessas condições.

O Ministério da Defesa do Japão declarou que é “difícil responder à questão hipotética de uma ‘emergência em Taiwan'”. O ministério acrescentou que qualquer posição seria implementada individualmente e em conformidade com a Constituição, o direito internacional e as leis e regulamentos nacionais. A Embaixada da Austrália nos EUA não se pronunciou sobre o assunto.

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