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Morre Jimmy Swaggart, o pioneiro do televangelismo, aos 90 Anos

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O renomado teleevangelista Jimmy Swaggart faleceu nesta terça-feira, 1º de julho, aos 90 anos, conforme anunciado em sua página oficial do Facebook. O pregador pentecostal, figura central no início do televangelismo, estava internado em estado crítico em um hospital na Louisiana desde 15 de junho, após sofrer uma parada cardíaca.

A família já havia informado que as expectativas de recuperação eram mínimas. Em um vídeo divulgado em 17 de junho, seu filho, Donnie Swaggart, co-pastor do Family Worship Center em Baton Rouge, lamentou a ausência de melhora no quadro do pai: “Gostaria de poder dizer que (ele) está se recuperando e que as coisas estão melhorando, mas não houve nenhuma mudança. A questão é que, sem um milagre… essa é a única coisa que podemos esperar.”

Jimmy Swaggart é um dos pioneiros da pregação religiosa na televisão/
A Hospitalização e o Legado

Donnie Swaggart, de 70 anos, relatou que seu pai foi encontrado em casa por volta das 8h e reanimado antes de ser levado ao hospital. Na época de seu falecimento, Jimmy Swaggart atuava como co-pastor do Family Worship Center, igreja que ele próprio fundou.

Nascido em 15 de março de 1935, em Ferriday, Louisiana, Jimmy Swaggart era filho de Willie Leon e Minnie Belle Swaggart. Ele cresceu em Ferriday, uma cidade no condado de Concordia, na fronteira leste da Louisiana. Swaggart era primo dos ícones da música Jerry Lee Lewis (rock and roll) e Mickey Gilley (música country).

Autor de mais de 100 livros e comentários, Swaggart realizou cruzadas evangelísticas em mais de 40 países, lotando estádios com milhares de fiéis. Como músico, vendeu mais de 20 milhões de álbuns gospel.

Sua paixão pelo ministério começou nas pequenas igrejas da Assembleia de Deus em Ferriday e Wisner, Louisiana. Em 1955, iniciou seu ministério em tempo integral, tornando-se uma das vozes mais reconhecidas na radiodifusão cristã. Em 1969, lançou “The Campmeeting Hour”, transmitido em mais de 700 estações nos EUA. Quatro anos depois, em 1973, estreou “The Jimmy Swaggart Telecast”, que eventualmente alcançou mais de 100 países e foi traduzido para mais de uma dúzia de idiomas, consolidando seu impacto global.

O evangelista Jimmy Swaggart é visto gesticulando com uma Bíblia durante sua Cruzada em Los Angeles em 1987. Arquivo Mark Avery / AP.

Em 1995, aos 60 anos, Swaggart fundou a SonLife Radio Network, expandindo a programação gospel pela América do Norte, que atualmente transmite para mais de 300 milhões de lares com TV no mundo todo. 

Além do filho e dos primos, o pregador deixa a esposa Frances Swaggart . Ele também deixa a nora, Debbie Swaggart; os netos, Gabriel Lee Swaggart e a esposa, Jill; Jennifer Swaggart Mullis e o marido, Cliff; e Matthew Aaron Swaggart e a esposa, JoAnna. Além disso, ele deixa nove bisnetos: Samantha, Ryder, Abby, Lola, Harper, Navy, Harrison, Caroline Frances e Mackenzie.

Jimmy Swaggart. (Foto cortesia do Family Worship Center)
Jimmy Swaggart: Legado de Fé e Expansão Midiática no Pentecostalismo

Jimmy Swaggart, figura proeminente no cenário cristão, foi mais do que um pregador. Sua família o descreveu como “um adorador, um guerreiro e uma testemunha da graça e da misericórdia de Deus”. Em um comunicado, eles enfatizaram que a fé de Swaggart era “inabalável”, levando-o a abraçar cada oportunidade que, em suas palavras, “o Senhor abrisse”. Essa devoção, segundo a família, foi honrada divinamente.

Swaggart demonstrou uma notável adaptabilidade na disseminação de sua mensagem pentecostal, transitando da máquina de escrever para os microfones de rádio e, posteriormente, para as câmeras de televisão. Sua trajetória incluiu um casamento duradouro com Frances Swaggart, com quem permaneceu por mais de 72 anos. Ele também foi pai de Donnie Swaggart, que atualmente atua como co-pastor no Family Worship Center em Baton Rouge.

Jimmy Swaggart

Ao longo de sua carreira, Jimmy Swaggart proferiu diversas frases que ecoaram suas convicções. Entre elas, destaca-se sua postura crítica à teoria da evolução, a qual classificou como “uma filosofia especulativa falida, não um fato científico”, e algo que “somente ateus poderiam aceitar”.

Sobre questões sociais, ele afirmou não estar “criticando os pobres homossexuais”, reforçando que “eles precisam de salvação como qualquer outra pessoa”. Swaggart também expressou crenças sobre a natureza dos cristãos, considerando-os “as pessoas mais perdoadoras da face da Terra”.

Suas reflexões sobre a fé e o propósito divino incluíram pensamentos como: “Deus não exige que tenhamos sucesso, ele só exige que você tente”, e “A cruz foi a maneira de Deus dizer: ‘Eu te amo e estou disposto a pagar qualquer preço para me reconciliar com você'”. Ele também enfatizou que “Não se trata de ser perfeito, mas de se esforçar para ser mais como Cristo a cada dia”, e que a fé “não é apenas acreditar em Deus, mas confiar nele em todos os aspectos da sua vida”. Para Swaggart, “A oração não é apenas uma conversa com Deus, é um convite para Ele trabalhar em sua vida”, e “A Bíblia não é apenas um livro de histórias, mas uma mensagem de esperança e redenção”. Por fim, ele resumiu a adoração verdadeira como “não apenas cantar músicas, mas entregar nossas vidas a Deus”.

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