Rússia enfrentará uma resposta “devastadora” se atacar países da aliança, chefe da alerta OTAN
Em um alerta contundente emitido nesta segunda-feira, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, declarou que qualquer ataque russo a um estado-membro da aliança provocará uma resposta “devastadora”. A declaração de Rutte acontece às vésperas da Cúpula da OTAN de 2025, agendada para terça e quarta-feira em Haia, e sublinha a gravidade do momento atual.
Rutte não poupou palavras ao sublinhar o compromisso inabalável da OTAN em proteger seus integrantes. “Estamos comprometidos em defender cada centímetro do território aliado, caso algum adversário em potencial cometa o erro de atacar qualquer aliado”, afirmou, acrescentando que, embora a OTAN seja fundamentalmente uma aliança defensiva, sua capacidade e determinação em proteger as nações e responder com “força retumbante” são inquestionáveis.
Rússia: A “Ameaça Mais Direta” para a Aliança
Os comentários de Rutte ressoam em um período que ele descreveu como “um momento verdadeiramente histórico” de instabilidade global. O secretário-geral foi direto ao identificar a Federação Russa como “a ameaça mais significativa e direta enfrentada por esta aliança”. Ele acusou Moscou de prosseguir com sua guerra na Ucrânia, contando com o apoio de países como Coreia do Norte, Irã, China e Bielorrússia, o que agrava ainda mais a preocupação da OTAN.
Irã e o não-proliferação nuclear
Além das tensões com a Rússia, Rutte também abordou a posição da OTAN sobre o programa nuclear do Irã. Ele reiterou a postura de longa data da aliança, enfatizando que “os aliados concordam há muito tempo que o Irã não deve desenvolver uma arma nuclear”. A OTAN tem instado repetidamente Teerã a cumprir suas obrigações sob o tratado de não proliferação, demonstrando a abrangência das preocupações de segurança da organização.
“Salto Quântico” nos Gastos de Defesa e Metas Ambiciosas
No que promete ser um dos pontos centrais da cúpula, o secretário-geral delineou um ousado plano de investimento em defesa. A proposta inclui um aumento significativo no parâmetro de gastos da OTAN para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), uma meta que Rutte chamou de “um salto quântico ambicioso, histórico e fundamental para garantir o nosso futuro”.
Rutte revelou que os aliados já haviam concordado com um “novo e ambicioso conjunto de metas de capacidade”. Essas metas incluem um aumento de cinco vezes nos sistemas de defesa aérea, a implantação de milhares de tanques e veículos blindados e a produção de milhões de cartuchos de munição de artilharia. Tais iniciativas visam aprimorar substancialmente o poderio militar e a prontidão da OTAN.
Apelo Urgente à Indústria de Defesa
Para concretizar esses planos ambiciosos, Rutte fez um apelo urgente à indústria de defesa para que aumente sua produção. Ele alertou que a oferta atual não é suficiente para atender à crescente demanda por equipamentos e munições. “Não há oferta suficiente para atender à nossa crescente demanda”, declarou. “Precisamos que a indústria responda, e precisamos que a indústria responda rapidamente”, concluindo com a clara necessidade de um esforço conjunto para fortalecer a capacidade de defesa da aliança.
