Netanyahu justifica operação militar em grande escala Contra o Irã: “confronto se estenderá por dias”
Em um pronunciamento em vídeo divulgado na sexta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apresentou os recentes ataques aéreos como uma ação preventiva crucial contra uma ameaça existencial iminente vinda do Irã. Ele enfatizou a urgência da situação, declarando: “Não podemos deixar essas ameaças para a próxima geração, porque se não agirmos agora, não haverá outra geração. Se não agirmos agora, simplesmente não estaremos aqui.”
Netanyahu afirmou que o Irã já enriqueceu urânio suficiente para nove bombas nucleares e, nos últimos meses, tomou medidas sem precedentes em direção ao armamento. Além disso, destacou que o Irã construiu “um enorme estoque” de mísseis balísticos que podem atingir Israel em minutos, cada um carregando uma tonelada de explosivos. Ele também revelou que o Irã planejava produzir 20.000 desses mísseis em seis anos, justificando a necessidade de “removê-los também”.
Fazendo um paralelo com o Holocausto, Netanyahu utilizou a frase “Nunca Mais é agora”, sublinhando a importância de acreditar nas intenções declaradas de um inimigo e impedi-lo antes que possa concretizar suas ameaças. Ele agradeceu ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, por sua “posição firme” em relação à não proliferação nuclear iraniana.
Fontes de defesa confirmaram que Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, já haviam assinado uma diretiva na segunda-feira, ordenando que as Forças de Defesa de Israel (IDF) se preparassem para a ação no Irã. A data da operação foi então decidida para sexta-feira em coordenação com as autoridades de segurança.
Apelo ao povo iraniano: “vocês não são nossos inimigos”
Apesar da postura firme contra o regime iraniano, Netanyahu também se dirigiu diretamente ao povo do Irã em seu vídeo, buscando diferenciá-lo de seus líderes. “Nós não odiamos vocês. Vocês não são nossos inimigos. Temos um inimigo comum: um regime tirânico que os esmagou”, disse ele.
O primeiro-ministro israelense lamentou que o regime tenha “roubado” dos iranianos a chance de uma vida digna por quase 50 anos e expressou sua convicção de que “o dia da sua libertação desta tirania está mais próximo do que nunca”. Ele concluiu com uma mensagem de esperança, afirmando que, quando esse dia chegar, israelenses e iranianos renovarão sua aliança histórica e construirão juntos “um futuro de prosperidade, um futuro de paz, um futuro de esperança”.
