Gripe aviária faz Rio Grande do Sul soar o alerta e declarar emergência em saúde animal
O Rio Grande do Sul elevou o nível de alerta sanitário ao declarar situação de emergência em saúde animal. A medida drástica visa controlar o avanço de focos da altamente contagiosa influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em municípios situados na área de influência dos locais onde a doença foi confirmada. A decisão do governo gaúcho surge em resposta à detecção da enfermidade no estado.
Paralelamente à declaração de emergência, o governo estadual iniciou, no sábado, uma série de ações emergenciais para conter a disseminação da gripe aviária. Uma das primeiras medidas foi a realização de vistorias em 94 propriedades de subsistência localizadas nas proximidades dos focos. As informações foram divulgadas pelo portal oficial do governo do Rio Grande do Sul.
Na última sexta-feira, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a presença do vírus H5N1 em duas localidades distintas: uma granja de reprodução de aves, situada no município de Montenegro, e em aves silvestres encontradas no Zoológico de Sapucaia do Sul. Em resposta imediata, o decreto estadual que estabelece a situação de emergência foi publicado no Diário Oficial do Estado no sábado (17), com validade de 60 dias. A expectativa do governo gaúcho é que essa medida emergencial agilize a resposta e o combate aos focos de influenza aviária na região afetada.
O estado de emergência abrange um total de doze municípios considerados de alto risco: Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Montenegro, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão.
No que se refere às operações de inspeção, o governo gaúcho informou que, no sábado, o Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS) mobilizou equipes para vistoriar as 94 propriedades de subsistência identificadas no raio dos focos. Destas, 27 encontram-se na área perifocal, em um raio de três quilômetros dos casos confirmados, e 67 estão localizadas na área de vigilância, com um raio de dez quilômetros.
Adicionalmente, uma granja de recria de aves, a única dentro da área de vigilância, também passou por inspeção.
Como parte das medidas de contenção, as equipes de veterinários implementaram cinco barreiras sanitárias estratégicas, que operarão em regime de 24 horas. Três dessas barreiras foram instaladas no raio de três quilômetros – uma delas com função de bloqueio total – e as duas restantes foram posicionadas dentro do raio de dez quilômetros, visando controlar o trânsito de animais e materiais que possam representar risco de disseminação da doença.
